CI CDU/Gaia - "Para um Concelho com maior coesão económica, cultural e social" - 6.5.2019
A CDU/Gaia levou hoje a efeito uma Conferência de Imprensa subordinada ao tema: "Para um Concelho com maior coesão económica, cultural e social", que teve lugar junto da Estação de Metro de D.João II.
No que respeita à Cultura frisou-se que continua actual e é até mais premente a proposta da CDU de criação de Roteiros turísticos culturais que permitam valorizar o enorme potencial patrimonial do Concelho, reduzindo a pressão que hoje em dia se aplica exclusivamente sobre a beira-rio e nas caves de Vinho do Porto. Valorizou-se o papel essencial das colectividades locais e a necessidade de as apoiar de forma mais efectiva, de forma a contar com o seu valioso contributo para a Cultura e não ficar dependente apenas de eventos relevantes como a Bienal de Arte, que igualmente constava do programa da CDU e se está a institucionalizar com grande sucesso, sendo que neste ano está a ocorrer em Crestuma, levando a Cultura ao interior do Concelho. Constatou-se aliás que não há qualquer sinal do prometido vaivém que levaria os visitantes "de hora a hora" desde o Metro até à Bienal.
Abordaram-se ainda as questões sociais, que assumem particular relevo num Concelho onde dois terços dos seus 300 mil habitantes recebe algum tipo de apoio social, mas onde se continua a protelar a concretização do Observatório Social, instrumento que é imprescindível para definir políticas consistentes mas que a Câmara optou por externalizar, sem que até agora se conheça qualquer resultado dessa iniciativa.
Neste campo destacou-se a falta de Habitação, problema que atinge novamente dimensão preocupante: apesar de um apertado Regulamento, que limita o número de processos validáveis para atribuição de habitação social, a verdade é que diariamente dois agregados familiares são adicionados a uma lista de espera que já comporta quase dois mil agregados, sem que a Câmara tenha respostas para esse problema.
Sendo a Habitação condigna um elemento central da Constituição, e porque é ao Governo que compete dar a resposta que a Constituição estipula quanto ao Direito à Habitação, é urgente que a Câmara o pressione nesse sentido, sem onerar mais as finanças municipais, que não deveriam subsidiar a acção do Governo como tem acontecido na Educação e Saúde, com a Câmara a subsidiar o Governo em vários milhões de euros.
O texto completo da Conferência de Imprensa pode ser consultado aqui.