NI - PCP/Gaia - PCP contra o encerramento de UrgĂȘncias no Hospital Santos SIlva - 19.07.2012


Pela construção do novo Hospital de Gaia

Em defesa do Serviço Nacional de SaĂșde

 



As conclusĂ”es do estudo de supostos onze peritos, encomendado pelo MinistĂ©rio da SaĂșde, propĂ”em o fecho de 16 urgĂȘncias no Pais e a desqualificação de um conjunto de outras.



O MinistĂ©rio da SaĂșde abre portas Ă  concretização destas conclusĂ”es que parecem assentar como uma luva nos critĂ©rios minimalistas de serviço pĂșblico que este Governo, conjuntamente com a TROIKA estrangeira (que de facto nos governa) defendem.



Os serviços de urgĂȘncia do Hospital Santos Silva estĂŁo em perigo.



Estes serviços servem uma população de mais de 330 mil utentes, entre o Distrito do Porto e o Distrito de Aveiro, isto jĂĄ fruto de anteriores encerramentos e concentraçÔes de serviços. Nos Ășltimos meses, de forma o mais silenciosa possĂ­vel, as urgĂȘncias do Hospital Santos Silva foram amputadas de diversas especialidades, quer diminuindo o seu horĂĄrio de funcionamento (algumas apenas atĂ© Ă s 20h), quer pelo seu puro desaparecimento.



Por outro lado, os critĂ©rios de contenção de custos roçam o absurdo, quando se fala de saĂșde e de urgĂȘncias em particular. Serviços a rebentarem pelas costuras, falta de material do mais bĂĄsico para as necessidades, muitas vezes imediatas, fortes condicionamentos na realização de exames diversos, falta de material que se estende atĂ© aos serviços administrativos.



Paralelamente, os cuidados de saĂșde primĂĄrios vĂŁo sofrendo igual ataque, nĂŁo colocação de pessoal, horĂĄrios de funcionamento mais restritos ou pura e simplesmente encerramento de Centros de SaĂșde ou de Unidades de SaĂșde Familiar (ameaça que paira sobre vĂĄrios em Vila Nova de Gaia).



O direito a cuidados de saĂșde para todos e com qualidade Ă© ainda fortemente atacado com a imputação de custos acrescidos aos doentes, quer por via das taxas moderadoras, quer por via da diminuição de comparticipaçÔes e do aumento brutal do preço dos medicamentos. Quantas e quantas pessoas escolhem entre o medicamento ou a comida e deixam de ir Ă  consulta ou ao Hospital porque nĂŁo possuem meios para pagar?



A construção do novo Hospital para Vila Nova de Gaia Ă© uma urgĂȘncia para o imediato. Ao longo de anos, PSD, CDS e PS jogam com esta promessa, dando cambalhotas na sua posição consoante, alternam no estatuto de Governo ou oposição. SĂŁo eles os responsĂĄveis pelo estado caĂłtico deste Hospital (que vai prestando ainda um bom serviço graças ao empenho dos seus profissionais), e pelo adiamento sem prazo da construção de uma nova estrutura Hospitalar.



A despromoção de urgĂȘncia polivalente a urgĂȘncia mĂ©dico-cirĂșrgica deste Hospital Ă© inadmissĂ­vel, e levarĂĄ a mais encerramentos de serviços, a uma concentração sem nexo nem viabilidade de doentes no Hospital de SĂŁo JoĂŁo.



Mas Ă© inaceitĂĄvel ainda porque o encerramento de valĂȘncias neste Hospital Ă© acompanhado pela abertura das mesmas em Hospitais Privados, o que demonstra claramente que a polĂ­tica para a saĂșde deste e anteriores Governos Ă© a de favorecimento aos grandes grupos econĂłmicos e a criação de um sistema de saĂșde de qualidade para ricos e de misĂ©ria para os trabalhadores e o Povo.



A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP considera que mais encerramentos de serviços são inaceitåveis, e convoca uma Marcha de Protesto para o próximo dia 28 de Julho (Såbado) pelas 15h, com concentração na Rotunda de Sto. Ovídeo e desfile até à Cùmara Municipal.



Uma acção, que protestando contra a despromoção do serviço de urgĂȘncias do Santos Silva, procura ser tambĂ©m um momento de luta e esclarecimento contra os fortes ataques ao Sistema Nacional de SaĂșde, de exigĂȘncia da reabertura dos serviços atĂ© agora encerrados e pela construção do novo Hospital hĂĄ tantos anos prometido.



O PCP de Gaia apela assim Ă  população que se junte a este momento de resistĂȘncia, indignação e protesto!





Vila Nova de Gaia, 19 de Julho de 2012

a ComissĂŁo Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP